quinta-feira, 4 de março de 2010

Dueto Social


Bem este poema eu fiz em parceria com um grande amigo meu chamado Zaymon Zarondy, que também é poeta. E nós como a maioria dos brasileiros estamos de "saco cheio", de tanta coisa errada que nossos ilustres governantes vem fazendo conosco, como umna forma de protesto decidimos então fazer o "Dueto Social". Espero que gostem.

DUETO SOCIAL


Não sou santo nem certinho
Sou um menino bem erradinho
Que quando vê coisas belas se fascina
Tenho um jeito caótico de ser
E um jeito exagerado de viver
Exagero sem limitações
Sem respeitar o que real e o que é sonho
Para poder perder a consciência e a lucidez.

Já fui gótico
Já fui punk
Já fui nerd
Já fui mais de mim
Já fui menos sim
Mas no final fui apenas um.

Entre o cotidiano morrinhento
E a caretice monstruosa
E a chatice mofenta
E o bolor da falta de amor
Eu fiquei insano
E me afundei na rotina
Varri casa, vasculhei o teto
Passei o pano, gomei roupa
Cozinhei até a exaustão
Limpei os detritos da lixeira
Borrifei ácido na podridão
E finalmente no tanque expurguei
A sujeira ao lavar as roupas sujas
De vergonhas eróticas e burras
Criadas pelo nosso querido “governo” bizarro

Cansado de nadar contra a corrente
Exagerada e estridente fico só
Em meio a tanta gente
E esperando o dia das eleições
Para ver a cara lavada do prefeito da minha cidade
Comprando votos por cestas básicas
Premiando com dentaduras, e alguns vinténs
Que não tem dinheiro para a feira ou o armazém
Mas mais que isso eles de fato precisam é ser alguém.

Onde está a ética deste país?
Onde estão as pessoas honestas?
Onde estão os bons sentimentos?
E a solidariedade onde está?
Será que se esconde atrás da porta
Com vergonha do que não se esconde
E sim se escancara dia após dia.

Quero apenas lhes pedir
Que votem conscientes
Dos seus atos e relatos
E não sigam boatos
Que não tem nexo
E nem retrocesso
E nem via de acesso
Ou nenhuma faixa de sucesso
E apenas exibem um abscesso

De todas as feridas do mundo cão
Chega de demagogia vamos entrar em ação
Mais justiça, mais polícia, mais saúde
Mais médicos de plantão, mais educação
Menos falta de pão, nada mais de percursos na contramão.

*
Pedro Pádua & Zaymon Zarondy.

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