sábado, 26 de junho de 2010

Mulher do vizinho



Quando passo na calçada
Do vizinho aqui do lado
Olho sempre a casa dele
Pelo portão enferrujado

Que mulher maravilhosa
Que tem o meu vizinho
E agora o que eu faço?
Pois desejo a mulher do vizinho
Que mora aqui do lado

Sou muito amigo meu do vizinho
Mas prefiro a mulher dele
E agora Jesus Cristo
Eu fiquei contra a parede

Não sei mais o que fazer
Tenho vontade de pegá-la
Dar um beijo em sua boca
Mas não posso atormentá-la

Ela é mulher do meu vizinho
De um amigo tão fiel
Não posso trair tua confiança
Pois não sou um cara cruel

É melhor deixar pra lá
Pois este sentimento vai passar
E uma amizade desta
Não encontro em qualquer lugar

*
Pedro Pádua

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Noite do Desejo



Naquela noite fria
À luz da lua cheia
Nós estávamos na cama
Abraçados, fazendo besteiras...

Trocávamos carinhos
Beijos e abraços
Desejávamos o infinito
Naquela noite fria de sábado

O universo era pouco pra nós
Queríamos o mundo e o resto
Queríamos o amor sem o nexo
Queríamos o céu e o inferno

Nos amamos a noite inteira
Desejamos um ao outro
Agora que amanheceu o dia
Te vejo no sábado de novo

*
Pedro Pádua

sexta-feira, 18 de junho de 2010

‘Deus’ visto por um ateu à toa.

E no principio era o verbo...

Palavras, letras, frases, enfim tudo jogado ao vento sem nenhuma utilidade. Deus não tinha com quem bater um papo e criou o Homem  Adão, Caim,
Antônio Bandeiras, Jô Soares e uns brasileirinhos quaisquer, para poder ficar de papo furado.
E sem nada pra fazer numa tarde qualquer, criou a mulher para ter mais opiniões sobre determinados assuntos  coitado, acho que ele errou na dose, e elas acabaram vindo pra falar demais. Mas disse aos dois para não comerem da maçã.
Afirmou que faria mal, que tinha veneno, que dava gastrite, e outras coisinhas mais. Santa ingenuidade...
Ele atiçou o casal e eles comeram a maçã. Comeram umas cinco ou seis de uma vez só. Foram expulsos do ‘paraíso’. E o mundo descobriu que o sexo era muito melhor do que comer maçãs no Éden. Daí começou a putaria no mundo.
Coitado de Deus. Se Ele soubesse que iria dar tanta confusão, Ele não teria criado o ‘paraíso’ e sim um mundinho ‘normal’.
Depois do sexo, Deus, só de picuinha, com os terráqueos, criou a culpa e o Psicanalista. Além da Dipirona, do xarope, e é claro a injeção, que ele inventou, só para sacanear as crianças, que logicamente, iria inventar no dia seguinte.
E Ele acordou bem humorado, fez sua melhor criação, as Crianças, a quem carinhosamente apelidou de ‘Meus capetinhas queridos.
Mas as crianças cresceram e viraram gente grande, com responsabilidades, deveres e muitas obrigações.
E para cada pessoa, Deus criou um lugar, seja bom, seja ruim.
Deus, que não se cansava de trabalhar, trabalhar e trabalhar criou com todo carinho e amor, os objetivos para colocar em cada lugar.
E com isso, foi enchendo o mundo de ‘coisas’ roupas, brinquedos, carros, celulares, computadores, MP3. A maioria delas inúteis para alguns terráqueos.
Mas para que o Brasil pudesse ser inventado, criou primeiramente Portugal, e os ‘pilantras’ que vieram de lá.
O Brasil foi criado num sábado, estamos cansados de saber, depois de comer bastante feijoada, tomar umas caipirinhas e imaginar belas praias.
Deus criou, enfim o Brasil e colocou os indígenas aqui. Mais tarde veio os portugueses e a nossa linda corrupção.
Há quem diga, que foi culpa Dele, mas eu particularmente acho que foi culpa da serpente.
Deus viu que estava tudo muito bom, mas que faltava alguma coisa para distrair esse bando de homens, sem ter o que fazer e que ficava enchendo o saco das mulheres. Daí Deus não teve descanso, no sagrado domingo, e ao invés de ir para o churrasco com os Santos e Anjos, que o aguardavam, Ele criou finalmente a Copa do Mundo.

*
Observação:  Sou Cristão, mas este texto foi escrito baseado em partes, do livro ‘Cem Melhores Crônicas’ de Mario Prata e de uma conversa que tive à alguns dias com um amigo meu.

*
Pedro Pádua.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Beijo Roubado


Roubei-te um beijo
Um beijo bandido
Um beijo proibido
Tão doce quanto mel

Tirei tua roupa
Joguei-te na cama
Acendi as velas
Botei fogo nos teus desejos mais perversos

Mordi teus lábios e te deixei louca
Beijei desde teu pé até tua boca
Depois na hora ‘H’ fiz você gritar
De amor e desejo

Agora todos os dias lembro de você
Por causa daquele beijo roubado
Daquele momento indiscutível
Daquele sexo maravilhoso
E daquela noite inesquecível.

*
Pedro Pádua.

Venha ao Meu Encontro


Venha de coração aberto ao meu encontro
Oh doce pessoa dos olhos castanhos
Quero você ao meu lado
Quero te proteger como um anjo da guarda

Tu es um tesouro que guardo em meu peito
Venha e deixe-me te acariciar com meus dedos
Você é minha diva
Minha fonte de inspiração poética

Quando estou do seu lado
Pareço uma criança
Encho-me de esperança
De um dia poder te ter somente pra mim
Amar-te do começo ao fim
Presentear-te com o amor que existe dentro de mim
Ficar o resto de minha vida junto de ti.

*
Pedro Pádua.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Depois Daquela Festa


Depois daquela festa que ti vi
Não consegui mais dormir
Pensava em você a noite toda
Dividindo minhas emoções com meu humilde travesseiro

Acordado e sem o que fazer
Vou até a adega e pego o vinho mais caro que possuo
Acendo meu charuto cubano
Encho a cara Tentando te esquecer
Não consigo

Vou até meu quarto
Pego então um pedaço de papel e uma caneta
Expresso todos os meus sentimentos em uma simples poesia
Sem rimas e sem métricas

Depois volto a dormir
Com a esperança de sonhar com você
A linda mulher que encontrei naquela festa.

*
Pedro Pádua.