“Quem escreve em língua brasileira faz parte dos tijolos que levantam uma casa, e este é um destino humano humilde e emocionante”. Clarice Lispector.
sábado, 26 de junho de 2010
Mulher do vizinho
Quando passo na calçada
Do vizinho aqui do lado
Olho sempre a casa dele
Pelo portão enferrujado
Que mulher maravilhosa
Que tem o meu vizinho
E agora o que eu faço?
Pois desejo a mulher do vizinho
Que mora aqui do lado
Sou muito amigo meu do vizinho
Mas prefiro a mulher dele
E agora Jesus Cristo
Eu fiquei contra a parede
Não sei mais o que fazer
Tenho vontade de pegá-la
Dar um beijo em sua boca
Mas não posso atormentá-la
Ela é mulher do meu vizinho
De um amigo tão fiel
Não posso trair tua confiança
Pois não sou um cara cruel
É melhor deixar pra lá
Pois este sentimento vai passar
E uma amizade desta
Não encontro em qualquer lugar
*
Pedro Pádua
Assinar:
Postar comentários (Atom)
gostei muito no poema tipo a amizade venho em primeiro lugar
ResponderExcluirbjos
by:GABY
Interessante... A amizade sendo colocada como superior ao desejo. Uma colocação rara no cotidiano. A lealdade está fora de moda: o que vale é a quantidade de orgasmos que se tem em vida. Triste?! Sim, muito triste. Real?! Sim. Eterno?! Não!!! O ser humano tem o poder em mão de revolucionar a sociedade. O eu-lírico vem exatamente mostrar o quanto este poder está esperando o despertar.
ResponderExcluir