quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Em Busca de Um Grande Amor


Saí de casa, a procura de um amor. Um amor que fosse bom pra mim, que me deixasse feliz só de chegar perto. Fui à baladas, shoppings, festas, bares, ruas, igrejas, e até no inferno. Mas ela não estava em lugar nenhum.
Voltei para casa desiludido, inconformado. Liguei a televisão, e passava um filme de romance, de amor. Onde o casal vivia um lindo companheirismo. Desliguei o aparelho na hora, pois, não aguentava mais ficar olhando a felicidade alheia, enquanto a minha não chegava. Isto me causava mais dor, mais desilusão, mais carência.
Sentei na escrivaninha. Abri um livro e comecei a ler. Mais uma vez um conto de fadas, onde a princesa vive a espera de um príncipe encantado. E no final ele chega.
Comecei então a pensar, onde está a minha princesa. Fui de novo à busca. Mas desta vez, me produzi melhor, coloquei minha melhor roupa, meu melhor sapato, e meu perfume mais caro. Passei por lugares que ainda não tinha passado. Teatros, cinemas, livrarias, lojas de roupas e de acessórios. Mais uma vez foi uma busca em vão. Pode ser que não estava procurando no lugar certo. Mesmo assim resolvi para por ali mesmo. Esta a beira de uma explosão psíquica. Quando totalmente descrente, voltava para casa.
Atravessei a rua sem olhar, fui atropelado, por uma linda moça que passava com seu carro de luxo. Ela saiu correndo, negou socorro. Daí então alguém chamou a ambulância.
Fui direto pro hospital. Fiquei três dias lá, internado. Querendo morrer. Quando ganhei alta e por coincidência do destino, vi uma enfermeira linda. Trocamos telefone.
Pensei nela a semana inteira, mas tinha medo de ligar. Até que um dia acordei, “inspirado” e liguei, conversamos quase uma hora no telefone. No outro dia foi ela quem ligou.
Depois de três dias marcamos, um encontro em um restaurante de luxo que existia próximo ao centro da cidade. Bem estou me aprontando. Tomei banho. Passei perfume. Fiz a barba.
Estou saindo de casa, tendo como destino, nada mais do que a minha felicidade. Pode ser que eu gagueje, tropece, ou que as palavras não saiam, devido a minha timidez. Mas eu disfarço, e não saiu sem ela de lá.

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