terça-feira, 17 de agosto de 2010

Meu Momento de Fraqueza (ficção)


Sozinho em casa. E como diz o ditado popular cabeça vazia é oficina do Diabo. Não tenho nada pra fazer, a não ser viajar ouvindo musicas e lendo livros, mas isso já me cansou. Quero uma coisa diferente, ao que me dê adrenalina, coisa que esta faltando em meu âmago. Resolvo sair, me apronto todo, mas depois bate a preguiça. E os pensamentos satânicos como diz minha vizinha religiosa e fanática.
Começo a ouvir um rock n’roll, para tentar exorcizar meus “demônios interiores”. Não adiantou muita coisa não, continuei na mesma. Sem saber mais o que fazer para ocupar minha mente, resolvo ligar para uns amigos e chama-los para fazer uma festinha no meu apê hoje à noite.
Apenas um disse que vinha e trazia a bebida. Eu arrumei meu lar, pois, estava vergonhoso. Ele chegou. Fomos direto beber um pouco e fumar um cigarro mentolado. Foi então que ele disse;
- Rafael, o que você acha de fumarmos, um cigarrinho proibido*?
- Cara no estado que eu me encontro, nem dez cigarros destes vão me ajudar a acabar com minha solidão.
- Deixa de ser fresco cara, um só não vai matar ninguém – insistiu ele.
Foi tanta a insistência que eu por besteira acabei cedendo. Enrolamos o baseado, e fumamos um. Minha cabeça começou a mergulhar em um mundo desconhecido por mim mesmo. Meus pensamentos começaram a se dividir, e eu sem saber o que fazer, mas estava achando legal, estava curtindo o momento.
Breno tirou mais algumas gramas de dentro da sua mochila, e vi que ele quase não fumava, somente enrolava e me passava a droga. E eu caindo na besteira de fumar cada vez mais. O dia amanheceu e Breno foi embora.
Deixou toda a droga em cima da mesinha de centro da minha sala de estar. Eu achei estranho, pensei que quando ele desce falta da droga ele voltaria para buscá-la.
Foi então que do banheiro ouvi minha porta sendo arrombada. Sai correndo do banho para ver o que estava acontecendo. Era a policia, que me levou preso por estar portando 2 kg de maconha. Tentei explicar, mas nada adiantou, eles começaram a me bater, e me mandaram calar a boca.
Fui com eles até a delegacia. Tentei explicar ao delegado o que estava acontecendo. Ele me deu um tapa na cara e disse;
- Todos os usuários que eu conheço dão as mesmas desculpas. Cale a boca.
Eu então não pude fazer nada, nem dinheiro para pagar um advogado bom eu tinha. Agora, seis meses depois, eu estou aqui em uma escola publica, pagando minha sentença, que é olhar criancinhas idiotas. Eles me jogaram aqui dentro deste lixo de escola, porque sabem que eu detesto criança. Mas fazer o que a vida é dos espertos, e desta vez eu deixei o impulso falar mais alto.
O safado do meu “amigo” esta soltinho, e concerteza tentando pegar outro idiota como eu.

*Maconha

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