sábado, 6 de março de 2010

O Artista.


Este poema, eu fiz a pedido de um amigo meu, chamado Octavio Cardozzo (foto acima), que é cantor (e canta muito bem), e me pediu que eu fizesse algo para ele botar em seu site. Então como sou um fã dele, e adoro ouvi-lo cantar, fiz o poema de coração aberto. Espero que tanto ele, quanto vocês gostem.

O Artista

Sentado em uma cadeira na platéia.
Esperando o cantor chegar.
Olho para todos os lados procurando,
Aquele tão prometido e talentoso cantor,
Que naquela noite irá cantar.

Quando todos, já estavam sem paciência,
Chega ele de violão na mão.
Óculos no rosto
E roupa adequada.
Começando então a arrumar
Seus equipamentos.

Depois de esperar um longo tempo,
A platéia se encanta,
Com a voz doce e suave do astro da noite.
Cantando uma incrível balada de louco,
Que só ele sabia cantar.

Com um toque suave,
Aquele menino homem,
Começa a destrinchar seu violão.
E conduz, belas canções, aos nossos ouvidos.
Acostumados a ouvir musicas em vão.

Quando acaba aquela linda apresentação,
Todos tiram o pé do chão,
E pedem mais uma música.
Ele, então, volta com seu belo violão.
E toca mais uma bela canção.
Que com sua voz doce,
Nos deixa repleto de emoção.

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Pedro Pádua.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Dueto Social


Bem este poema eu fiz em parceria com um grande amigo meu chamado Zaymon Zarondy, que também é poeta. E nós como a maioria dos brasileiros estamos de "saco cheio", de tanta coisa errada que nossos ilustres governantes vem fazendo conosco, como umna forma de protesto decidimos então fazer o "Dueto Social". Espero que gostem.

DUETO SOCIAL


Não sou santo nem certinho
Sou um menino bem erradinho
Que quando vê coisas belas se fascina
Tenho um jeito caótico de ser
E um jeito exagerado de viver
Exagero sem limitações
Sem respeitar o que real e o que é sonho
Para poder perder a consciência e a lucidez.

Já fui gótico
Já fui punk
Já fui nerd
Já fui mais de mim
Já fui menos sim
Mas no final fui apenas um.

Entre o cotidiano morrinhento
E a caretice monstruosa
E a chatice mofenta
E o bolor da falta de amor
Eu fiquei insano
E me afundei na rotina
Varri casa, vasculhei o teto
Passei o pano, gomei roupa
Cozinhei até a exaustão
Limpei os detritos da lixeira
Borrifei ácido na podridão
E finalmente no tanque expurguei
A sujeira ao lavar as roupas sujas
De vergonhas eróticas e burras
Criadas pelo nosso querido “governo” bizarro

Cansado de nadar contra a corrente
Exagerada e estridente fico só
Em meio a tanta gente
E esperando o dia das eleições
Para ver a cara lavada do prefeito da minha cidade
Comprando votos por cestas básicas
Premiando com dentaduras, e alguns vinténs
Que não tem dinheiro para a feira ou o armazém
Mas mais que isso eles de fato precisam é ser alguém.

Onde está a ética deste país?
Onde estão as pessoas honestas?
Onde estão os bons sentimentos?
E a solidariedade onde está?
Será que se esconde atrás da porta
Com vergonha do que não se esconde
E sim se escancara dia após dia.

Quero apenas lhes pedir
Que votem conscientes
Dos seus atos e relatos
E não sigam boatos
Que não tem nexo
E nem retrocesso
E nem via de acesso
Ou nenhuma faixa de sucesso
E apenas exibem um abscesso

De todas as feridas do mundo cão
Chega de demagogia vamos entrar em ação
Mais justiça, mais polícia, mais saúde
Mais médicos de plantão, mais educação
Menos falta de pão, nada mais de percursos na contramão.

*
Pedro Pádua & Zaymon Zarondy.

Seu Descaso.


Este poema "nasceu", depois de um descaso imenso, que sofri. Como não podi fazer nada, fiz um poema. Hoje, aprendi uma coisa, que todos deveriam aprender. Amar a si mesmo, mais do que amamos o próximo, pois, somos seres humanos maravilhosos e devemos nos AMAR MUITO, cuidarmos de nós mesmos, antes de pensar, em cuidar dos outros.

'Seu Descaso'.

Tudo que faço, se baseia no descaso.
Que você me deu de presente de aniversário.
Coisas torpes, da sua boca saíram.
Machucando-me profundamente a alma.
Ferindo, a ferida não curada.
Apodrecendo, a podre poesia,
Que eu fiz pra você.
E você a rejeitou.
Como se ela fosse, um maltrapilho atrapalhado,
Que já foi advogado,
Mas, hoje vive catando, latinhas para sobreviver.
A única coisa que eu quero é te ter.
Nem que seja, por uma única noite.
Seja ela chuvosa ou iluminada.
Quero te ter pra mim,
Por segundos afins.
Mas, sem o descaso, que tu me fez.
Quando minha poesia leu,
E a jogou no jardim.

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Pedro Pádua.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Eu Sou Mais um Poeta


Queria eu fazer um homenagem aos poetas de todo mundo e a mim mesmo. Então fiz o poema Eu Sou Mais Um Poeta.

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'Eu Sou Mais Um Poeta'

Me atiro na lua deserta.
Vago no seio da Terra.
Eu sou mais um poeta.

Cansado de andar em uma esteira estragada.
Gastando sola do meu sapato de cor amarela.
Eu sou mais um poeta.

Às vezes, corro contra a corrida.
Me desabo na decida, da ladeira mau cuidada.
Sem dó, nem piedade,
Arranco todos os dentes dos covardes.
Como faz um sádico e um psicopata.
Não tenho sangue frio, nem provoco calafrios.
Sou apenas mais um poeta.

Subo as escadas do meu passado sombrio.
Vejo uma mulher morrendo de lepra.
Sou mais um poeta.

Palavras marcantes eu sei escrever.
Coisas vazias, eu tenho a dizer.
Eu sou mais um poeta.

Às vezes, na escuridão, encontro a luz.
Corro pra cama e me escondo, embaixo da coberta.
Eu sou mais um poeta.

Me abrigo na cama daquela.
Que um dia rejeitou o poeta.
Que escreveu coisas lindas para a agradar.

Agora, não quero nem saber.
Vou escrever e escrever.
Sem medo de morrer.
Ou do dia amanhecer.
Pois, sou apenas mais um poeta .
Que você acabou de conhecer.

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Pedro Pádua.

terça-feira, 2 de março de 2010

Cadillac Azul


Bem, o poema Cadillac Azul, "nasceu" depois de ver um filme, muito bacana, com uma amiga minha, que estava apaixonada. Neste filme, o protagonista, tinha um Cadillac Azul, que ele levava a "mocinha" do filme para passear. Daí o poema Cadillac Azul.

'Cadillac Azul'

Perdido em uma estrada,
Eu e meu cadillac azul
Procuramos um Amor.

Que seja um quente Amor,
Diferente dos outros já vividos.

Quero um Amor com fogo,
Um bravo e caloroso Amor!

E, quando beijado,
Desejo ser um caldeirão de desejos!

Quando abraçado,
Quero sentir-me num porto seguro,
Cheio de amor para dar!

Ah!
Mas, se te encontrar pelo caminho.
Ponho-te no meu cadillac azul.

E pelo mundo começo a rodar
Sem grana e sem comida...

Somente com o cadillac azul.
E o teu amor, em primeiro lugar!

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Pedro Pádua.

Esperando a Morte Chegar


Bem este poema nasceu, depois de uma visita ao Cemitério do Bonfim, em busca de inspiração.
E num é que deu certo?!

'Esperando a Morte Chegar'

Dentro do meu quarto.
Fico sozinho esperando a morte chegar.
Pego um pedaço de papel rasgado.
E uma caneta quase sem tinta.
E resolvo meus sentimentos expressar.

Mas, antes que eu comece.
A solidão toma conta do lugar.
Mesmo assim, resolvo começar.
Sem idéias, para expressar.

O rádio, resolvo ligar.
E então, meu ídolo começa a cantar.
A inspiração, começa a chegar.
E o poema, começa a se destrinchar.

Sem minhas emoções conseguir segurar.
Então começo a chorar.
As lágrimas, começam a descer.

E o pequeno pedaço de papel rasgado.
Começa a se molhar.
A tinta começa a borrar.
A poesia começa a se apagar.

Meu coração resolve me abandonar.
Sem mais o que falar.
Resolvo me deitar.

Mas antes disso, peço ao Pai.
Que ele não me deixe acordar.

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Pedro Pádua.

Amor Solitário


Bem, depois de amar e não ser correspondido, o que acha de fazer poesias? Bem, foi isso que eu fiz, pelo menos, um amor não correspondido, não doi tanto, quando tiramos algo de bom dele. Espero que gostem.

'Amor Solitário'

Amei demais.
Mas não fui correspondido.
Amei com todo coração.
Mas fui pego de surpresa pela razão.
Que me deixou sem sentimento algum.
Como um vinho sem rum.
Minha vida foi se acabando.
Num toque de blues.
Nada tinha a declarar.
Minha vida ficou fora do lugar.
As pessoas chegaram até a me abandonar.
E eu fiquei empacado no mesmo lugar.
Sem conseguir me movimentar.
Tudo isso porque...
Não consegui mais amar outra pessoa.
A não ser você.
Que apesar de todos os versos.
Que a ti dediquei.
Você só soube me humilhar.
Mais e outra vez.
Agora sem nada para falar.
Meus versos resolvi expressar.
E minha vida começou a mudar.
E sem você para me amar.

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Pedro Pádua.

Explosão de Sentimentos


Este poema foi feito para uma pessoa que realmente abalou minhas estruturas, e causou uma verdadeira explosão de sentimentos em meu peito.

Explosão de Sentimentos

Na bagunça do meu quarto
Começo a pensar em você
E me vem neste momento
Um sentimento gostoso de se ter

Queria te ligar
Mas você estava viajando
O sentimento de saudades
Invadiu o ar
Comecei a pensar
Em como será nosso primeiro beijo

Veio-me aquele desejo
Que não consegui segurar
Queria somente te beijar e te abraçar
Acolher-te em meus braços e te amar

Mas com medo de você me rejeitar
Meus sentimentos eu decido guardar
Somente pra mim
Foi quando o pior aconteceu
Meu coração sofreu uma explosão de sentimentos
Dentre eles amor e paixão
Amizade e companheirismo
Desejo e sedução

Não sabia mais o que fazer
Nem a quem recorrer
Foi quando uma voz soou em meus ouvidos dizendo:
“- Se declare com o poema mais bonito
e ofereça a esta pessoa”.
Então nasceu estes versos
Que hoje declaro a você
Com o intuito de você receber
E me amar
Até meu pobre coração para de bater

Ajude-me.


'Ajude-me'

Estou perdido no mundo.
Sem rumo nenhum.
Sem casa.
Sem lar.
Sem medo de amar.

Quero te encontrar.
Nos escombros da minha solidão.
Quero você.
Quero uma paixão.
Quero suas migalhas.
Mas você não me oferece nem o pão.
Quero um pedacinho.
Do teu coração.

Leva-me para sua casa.
Chame-me de paixão.
Beije-me com emoção.
Aperte a minha mão.
Cante pra mim aquela canção.
Que tocou quando te conheci.
Em uma tarde de verão.

Encha-me de beijinhos.
Mas não me iluda.
Com a compaixão.
Ajude-me a encontrar a luz.
Que brilha no meu escuro coração.

Amo você mais que a mim.
Bem mais que a mim.

Quero você assim.
Sem maquiagem.
Sentada no jardim.
Regando aquela roseira.
Que tu plantaste para mim.

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Pedro Pádua.